Combate com milícias mata 4 soldados americanos

O confronto que opôs as forças americanas e iraquians à milícia xiita custou a vida a quatro soldados americanos, num combate que se prolongou durante duas horas.

Tencionado “capturar o comandante de uma força ilegal que tem dirigido uma série de atentados na cidade de Bagdade” as forças americanas juntaram-se às iraquianas num raid a Sadr City.

Durante esse raid depararam-se com a oposição da milícia xiita “Exército Mehdi” comandada pelo radical clérigo muçulmano, Muqtada al-Sadr.

De acordo com um comunicado oficial do exército, após o início da troca de tiros foi pedida ajuda aérea para “eliminar a ameaça.”

O ministro do interior iraquiano relatou que cinco habitações e vinte e cinco veículos foram danificados durante os combates. Foram detidos cinco indivíduos durante a operação.
"Esta será uma longa luta."
O responsável máximo do exército Americano no Iraque, o general George W. Casey Jr., confirmou na passada terça-feira que irá demorar mais de um ano até que as forças iraquianas estejam prontas para defender o seu próprio território.

Casey proferiu estas declarações em conferência de imprensa com o embaixador dos EUA no Iraque, Zalmay Khalilzad. Foi também comunicada a reavaliação, por parte dos EUA, das suas tácticas de guerra o Iraque, agora que se regista um aumento da violência sectária no terreno.
O embaixador assegurou que “sucesso no Iraque é possível e pode ser obtido num período temporal realista.”

O general Casey concordou com Khalilzad, considerando que a al-Qaeda tem uma “estratégia de fomento da violência sectária no país” aproveitando a oportunidade para acusar o Irão e a Síria de estarem a ser “decididamente pouco prestáveis.”

O general admitiu também que as tropas enfrentam uma “luta difícil aqui na região centro assim como na província de Anbar” numa clara alusão à extensa província sunita na zona oeste de Bagdade.

Também no dia de ontem, houve conferência de Imprensa no Pentágono. O chefe das forças armadas americanas, general Peter Pace, assegurou aos repórteres presentes que não se encontrava “minimamente desencorajado ou desapontado” pela falta de progresso registado nos últimos tempos no Iraque.

Contudo, o general confirmou que “esta será uma longa, longa luta.” Pace deu ainda crédito aos “adversários por pensarem depressa e se adaptarem às novas circunstâncias. Não nos devemos deixar de aprender e de sermos adaptáveis à mudança.”
Outubro é mês aziago para as tropas americanas
De acordo com uma reportagem da CNN, com a morte de um soldado em Bagdade na terça-feira e de outros três em Anbar na segunda-feira, subiu para 91 o número de soldados americanos que morreram este mês.

É a contagem mais alta desde Outubro do ano passado, mês em que morreram 96 militares.

Relembre-se que já morreram 2797 soldados americanos desde o início da guerra no Iraque.

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