Sorte escreveu-se em tons de azul e branco


Ontem, no Estádio do dragão, estiveram em campo duas equipas com uma intenção: vencer. Acabou por calhar ao FC Porto a sorte do jogo, numa partida que poderia ter pendido para ambos os lados.
Finalmente, e após uma semana de intensas picardias entre os dirigentes de tanto FC Porto e Benfica, os “verdadeiros” artistas tiveram oportunidade de fazer aquilo que melhor sabem: jogar bom futebol.

Foi, então, um grande partida de futebol, aquela a que os 50.233 adeptos que lotaram o Dragão assistiram. Duas equipas aguerridas, com vontade de vitória e jogadores inspirados contribuíram para um jogo disputado até ao limite, com resultado incerto e final imprevisível.

Ambas as equipas entraram bem no jogo. O FC Porto, a jogar no habitual 4-3-3 de Jesualdo Ferreira, com Lisandro e Quaresma nas alas, teve logo uma oportunidade de golo flagrante por Lucho aos quatro minutos, mas uma brilhante intervenção de Quim impediu que “el comandante” inaugurasse o marcador. O Benfica não se ficou e, através de uma bela jogada de entendimento da na ala esquerda e cruzamento de Simão – que não encontra correspondência na área – deu o primeiro sinal de inconformismo. Estava dado o mote para o que seria um grande jogo de futebol.
E Postiga marca

Pouco depois, Hélder Postiga inaugurou o marcador. O quinto golo no campeonato do avançado portista contou com a fundamental contribuição de Lisandro, pois a trajectória do remate de Postiga foi desviada por Lisandro, traindo Quim que não foi a tempo de evitar o primeiro golo do clássico.

O Benfica reagiu de imediato. Bela jogada individual de Léo culminou num remate perigoso que passou a centímetros do poste. Hélton nada poderia fazer, caso a bola tivesse ido à baliza.

E foi numa altura em que o Benfica procurava, através da classe de Simão e da irreverência de Paulo Jorge, chegar ao empate, Quaresma tirou um coelho da cartola e, após desenvencilhar-se de Nélson, marcou um golo de antologia que deixou Quim pregado ao relvado: descaído na esquerda do ataque, o mustang ludibriou Nélson, puxou a bola para o centro e com o seu pé direito colocou-a na gaveta da baliza benfiquista. Tinham passados 20 minutos e o Benfica já perdia por 2-0.

Este foi o pior período do Benfica. Durante os dez minutos seguintes o FC Porto dominou a seu belo prazer, controlando o meio campo, pois Petit e Katsouranis não chegavam para Assunção, Lucho e o “menino” Anderson. Contudo, com a saída por lesão de Anderson o Benfica conseguiu assumir algum ascendente na partida.

Benfica acorda

Foi nessa altura que o Benfica desperdiçou duas belas oportunidades de golo, uma por Kikin Fonseca e outra por Paulo Jorge. Em ambos os casos, note-se as grandes defesas do brasileiro Hélton, a justificar a conotação como melhor guarda-redes canarinho da actualidade.

O intervalo chegou e com a segunda parte parecia vir mais do mesmo. Foi só com a entrada de Nuno Assis para o lugar do esforçado Paulo Jorge que o Benfica conseguiu, em definitivo, assumir a liderança da partida. O meio campo passou a jogar em losango, e a equipa passou a trocar mais e melhor a bola.

Contudo, a equipa continuava a apresentar um problema na linha avançada. Nuno Gomes e Kikin não se entendiam nas combinações e tabelas. Apercebendo-se disso mesmo, o “engenheiro do penta” – agora a trabalhar na Luz – retirou Fonseca e colocou em campo Mantorras que, como de costume, mexeu logo com as hostes encarnadas e com a linha ofensiva. O FC Porto recuava e Postiga e Quaresma davam os primeiros sinais de cansaço.

Katsouranis reduz e Nuno Gomes empata

Foi, por isso, sem grandes surpresas que o Benfica chegou ao golo no minuto 63: na sequência de um canto batido por Simão, Katsouranis antecipa-se a Fucile e cabeceia para o fundo das redes de Hélton. O Benfica acordou e percebeu que era possível chegar ao empate. O FC Porto continuava sem conseguir arranjar soluções ofensivas e Jesualdo demorava a fazer alterações. Perante esta passividade azul, o Benfica foi para cima do adversário e durante largos minutos o jogo não saiu do meio campo defensivo dos dragões.

Jesualdo acabou por mexer na equipa, retirando um esgotado Quaresma e colocando em campo o marroquino Tarik. Esta alteração revelou-se, contudo, ineficiente pois cinco minutos (81 minutos) depois e após bela jogada de entendimento, Nélson desferiu um cruzamento da direita que encontrou Nuno Gomes que, após fugir à marcação de Fucile, deslizou rumo ao golo.

Moraes destrói sonho encarnado

O empate aos 81 minutos, para além de dramático, veio restituir alguma verdade ao jogo. Dois minutos depois, Jesualdo colocou Bruno Moraes em campo – saiu Paulo Assunção – mas era o Benfica que dominava e criava perigo. Os cantos e jogadas perigosas sucediam-se, mas acabou por ser o FC Porto a aproveitar uma desatenção defensiva do Benfica e, na sequência de um canto, Bruno Moraes cabeceou a contar para o 3-2 final. Estávamos no minuto 92 e Lucílio Baptista haviam dado apenas três minutos de compensação. O Benfica não tinha tempo para ripostar e o melhor FC Porto – Benfica dos últimos anos acabou com a vitória da equipa da casa.

Os Treinadores

“O FC Porto não precisava de passar por essa situação de aperto”

Para o treinador do FC Porto, Jesualdo Ferreira, “o FC Porto não precisava de passar por essa situação de aperto” referindo-se ao empate do Benfica na segunda parte. “Dominámos a primeira parte e conseguimos pressionar o nosso adversário à saída da sua grande área. Apesar do Benfica ter tido uma ou outra oportunidade nesse período, julgo que o FC Porto deveria ter ganho de forma mais clara.”

O treinador nunca pensou que o jogo estivesse ganho, pois “o Benfica é uma equipa experiente e fez-nos recuar no terreno, mas tivemos sempre muita alma e coração e fomos até ao limite das nossas capacidades”.

O treinador deseja a vitória, já na próxima quarta-feira, frente ao Hamburgo para fechar em beleza “um ciclo difícil”.

Em relação a Anderson, Jesualdo Ferreira não soube dizer se o prodígio estará apto, ou não, para a viagem à Alemanha: “Foi uma entorse. Ainda não sabemos a gravidade da lesão.”

“O futebol é isto mesmo.”

Para o treinador do Benfica, Fernando Santos, o “resultado é injusto”. A seu ver, o Benfica entrou “bem no jogo, mas demos imenso espaço ao FC Porto e o adversário acabou por ser feliz, com um golo num ressalto e outro numa excelente jogada de Quaresma. Nessa altura, o Benfica não se encontrou defensivamente e concedeu imensos espaços. O FC Porto conseguiu sempre sair a jogar e com adversários com o valor deles, torna-se tudo mais complicado.”

No entanto, Fernando Santos nunca perdeu confiança nos seus jogadores e sempre acreditou na reviravolta: “No intervalo pedi serenidade e confiança aos jogadores e disse-lhes que podíamos dar a volta ao jogo, caso fizéssemos um golo. Foi isso que aconteceu. Marcámos, dominámos a partida e chegámos ao empate.

Tal como em Paços de Ferreira, o Benfica voltou a sofrer um golo nos descontos. O treinador não conseguiu evitar algum agastamento com a situação: “Fomos penalizados mais uma vez nos últimos minutos, depois dos descontos. O futebol é isto mesmo.”

Contudo, o Fernando Santos não acredita que este resultado deixe marcas para o jogo da Liga dos Campeões na próxima quarta-feira frente ao Celtic: “A derrota não vai fazer mossa na equipa. Perdemos três pontos. O resultado foi injusto, mas parabéns ao FC Porto.”

Opinião

Foi, sem sombra de dúvida, um grande jogo de futebol. Teve tudo aquilo que um jogo deve ter: golos, emoção, polémica e grandes jogadores. É precisamente este o ponto a referir.

Numa altura em que se contesta o valor dos jogadores a jogar em Portugal, é bom ver que, num dos jogos mais importantes do nosso calendário desportivo, temos a oportunidade de ver alguns dos melhores jogadores da Europa de hoje.

Refiro-me a casos como os de Hélton, Pepe, Lucho, Anderson, Quaresma e Luisão, Léo, Katsouranis, Simão e Nuno Gomes. Todos eles estiveram em grande no jogo de ontem e todos eles mereciam ter saído do Dragão com os três pontos. Contudo, essa sorte coube ao FC Porto que, diga-se em abono da verdade, também fez por isso e terá sido a equipa que dominou o jogo durante mais tempo.

Em relação aos técnicos, não deixa de ser evidente que Jesualdo teve mais sorte que perícia, e que Fernando Santos cometeu um erro de “casting” ao deixar Nuno Assis no banco, optando inicialmente por Paulo Jorge.

Combate com milícias mata 4 soldados americanos

O confronto que opôs as forças americanas e iraquians à milícia xiita custou a vida a quatro soldados americanos, num combate que se prolongou durante duas horas.

Tencionado “capturar o comandante de uma força ilegal que tem dirigido uma série de atentados na cidade de Bagdade” as forças americanas juntaram-se às iraquianas num raid a Sadr City.

Durante esse raid depararam-se com a oposição da milícia xiita “Exército Mehdi” comandada pelo radical clérigo muçulmano, Muqtada al-Sadr.

De acordo com um comunicado oficial do exército, após o início da troca de tiros foi pedida ajuda aérea para “eliminar a ameaça.”

O ministro do interior iraquiano relatou que cinco habitações e vinte e cinco veículos foram danificados durante os combates. Foram detidos cinco indivíduos durante a operação.
"Esta será uma longa luta."
O responsável máximo do exército Americano no Iraque, o general George W. Casey Jr., confirmou na passada terça-feira que irá demorar mais de um ano até que as forças iraquianas estejam prontas para defender o seu próprio território.

Casey proferiu estas declarações em conferência de imprensa com o embaixador dos EUA no Iraque, Zalmay Khalilzad. Foi também comunicada a reavaliação, por parte dos EUA, das suas tácticas de guerra o Iraque, agora que se regista um aumento da violência sectária no terreno.
O embaixador assegurou que “sucesso no Iraque é possível e pode ser obtido num período temporal realista.”

O general Casey concordou com Khalilzad, considerando que a al-Qaeda tem uma “estratégia de fomento da violência sectária no país” aproveitando a oportunidade para acusar o Irão e a Síria de estarem a ser “decididamente pouco prestáveis.”

O general admitiu também que as tropas enfrentam uma “luta difícil aqui na região centro assim como na província de Anbar” numa clara alusão à extensa província sunita na zona oeste de Bagdade.

Também no dia de ontem, houve conferência de Imprensa no Pentágono. O chefe das forças armadas americanas, general Peter Pace, assegurou aos repórteres presentes que não se encontrava “minimamente desencorajado ou desapontado” pela falta de progresso registado nos últimos tempos no Iraque.

Contudo, o general confirmou que “esta será uma longa, longa luta.” Pace deu ainda crédito aos “adversários por pensarem depressa e se adaptarem às novas circunstâncias. Não nos devemos deixar de aprender e de sermos adaptáveis à mudança.”
Outubro é mês aziago para as tropas americanas
De acordo com uma reportagem da CNN, com a morte de um soldado em Bagdade na terça-feira e de outros três em Anbar na segunda-feira, subiu para 91 o número de soldados americanos que morreram este mês.

É a contagem mais alta desde Outubro do ano passado, mês em que morreram 96 militares.

Relembre-se que já morreram 2797 soldados americanos desde o início da guerra no Iraque.

E assim começa

Serve o presente post apenas para situar o leitor. Este é um blog criado para as aulas de Jornalismo, cadeira do 3ºano do curso de Comunicação Social na Universidade do Minho.

As forças motrizes por detrás do mesmo, são três jovens alunos que procuram com este espaço criar um campo dinâmico, interactivo e elucidativo.

Iremos procurar noticiar aquilo que de mais importante acontecer no Mundo e no nosso Portugal. Não nos propomos a cobrir tudo, pois tal tarefa parece-nos verdadeiramente irrealizável, mas sim o essencial.

Com este blog pretendemos, para além de tirar uma boa nota, informar os nossos leitores acerca de tudo aquilo que de mais premente se abater sobre a nossa sociedade.

E aqui, sociedade deve ser entendido como sendo a sociedade global, exactamente porque estes são dias de globalização em que a informação circula a velocidades tão altas que por vezes torna-se difícil acompanhá-la.

A ideia de saber que o nosso blog poderá ser lido e consultado em tempo real num outro país ou num outro continente é verdadeiramente aliciante, sedutora e conquistadora.

Exactamente por isso, parece-nos útil dar destaque a esse mesmo carácter internacional a que o nosso blog aspira.

Todos nós somos, até certa extensão, versados na matéria de blogosfera. Já tivemos os nossos projectos, alguns a solo outros em conjunto, e pretendemos que o Foi Tal e Qual atinja o mesmo sucesso de outros espaços por nós desenvolvidos, como o número primo, o comsenso entre outros.

Esperamos, sinceramente, que visite várias vezes e que deixe, sempre que oportuno, os seus comentários e sugestões.